quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Reencontro dos “plinianos”


Reencontro dos “plinianos”

O evento já se torna uma tradição

Por Daniela Santos

Os alunos da E. E. Prof. Plínio Paulo Braga desde 2017 organizam confraternização com ex-alunos e ex-funcionários da escola. O primeiro encontro foi noticiado por um jornal local da cidade de Guarulhos, os outros podem ser acompanhados no Youtube, nas Páginas Taboão em Foco ou  Amigos do “Plínio Paulo Braga”.
Além de ser importante momento de descontração, o reencontro proporciona a todos os envolvidos a manutenção da memória da escola, pois estão presentes várias gerações num único espaço. Momento oportuno para troca de vivências de colegas de tempo de escola, de matar as saudades dos ex-professores, de rever pessoas queridas assim como de interagir novamente com elas.
Estão à frente desse extraordinário projeto os ex-alunos Luís, José Alexandrone, Meg (Margarete) e Jurandir, todos eles alunos da década de 1970 a 1980.
O evento é realizado desde sua fundação em lugares diversificados, após negociação com a diretora Conceição, os encontros ocorrerão na própria unidade de ensino, fomentando assim o sentimento de pertencimento.
  Envolver cada vez mais a comunidade, nessa incansável busca em remontar a história da escola, é elemento primordial para que os laços afetivos se tornem mais duradouros. O encontro comemorativo proporciona unir diversas histórias ocorridas no chão da escola. Memórias compartilhadas, vivas e eternizadas.


Matéria do Primeiro Encontro (página 4):

terça-feira, 16 de outubro de 2018

Primeira reunião com os membros do Centro de Memória e Acervo Histórico (CEMAH)

Reunião para delinear o percurso do Projeto Memorial Plínio Paulo Braga




Nossa escola teve a honra de receber a diretora do Centro de Memória e Acervo Histórico, Maria Cristina Noguerol  e o pesquisador/ participante da equipe técnica  do CEMAH, Diógenes Laward. O encontro foi promovido pela escola com solicitação prévia por correio eletrônico. Estavam presentes representantes do corpo docente, discente, gestor e comunidade local.

Primeiro contato:

"De: Elaine Coordenadora Pedagógica 
Enviada em: sexta-feira, 21 de setembro de 2018 09:25

Para: Centro de Memoria CRE <centrodememoriacre@educacao.sp.gov.br>

Assunto: Memória Escolar, Educação e Patrimônio - Escola Plínio P. Braga


À equipe do Centro de Memória e Acervo Histórico - CRE, 

A Revista EFAP do primeiro semestre de 2018 trouxe o artigo da Maria Cristina Noguerol Catalan, ele apresenta o programa “Memória Escolar, Educação e Patrimônio”. O programa vem ao encontro de um trabalho iniciado em junho deste ano com o resgate histórico da nossa escola. Montamos uma plataforma virtual em que o  objetivo era disponibilizar um acervo diversificado à comunidade escolar:       http://memorialeepliniopaulobraga.blogspot.com/?m=1.  O trabalho está em andamento, ainda encontra-se embrionário. Acreditamos que o programa poderá contribuir neste nosso novo projeto, uma vez que com as orientações necessárias, podemos amadurecê-lo e ampliá-lo a fim de manter a história viva  e que essa ação  transforme-se numa atividade permanente.                                                                                                                                                                                   
A unidade escolar E. E. Plínio Paulo Braga demonstra interesse em participar do  Programa “Memória Escolar, Educação e Patrimônio”. Gostaríamos de obter mais informações para a realização da inscrição de nossa escola. 


Aguardamos retorno,

Elaine Neves
Coordenadora Pedagógica 
EE Profo Plinio Paulo Braga
Dir. Ensino Guarulhos Norte"


Retorno do e-mail:

From: Centro de Memoria CRE <centrodememoriacre@educacao.sp.gov.br>
Date: Qua, 26 de set de 2018 13:20
Subject: RES: Memória Escolar, Educação e Patrimônio - Escola Plinio P. Braga
To: Elaine Coordenadora Pedagógica

Bom dia Elaine tudo bem?
Que ótima notícia saber do trabalho de vocês, parabéns pela iniciativa.
Vocês já estão com as pesquisas bem avançadas mas teremos o maior prazer em falar sobre o Programa Memória Escolar e  ajuda-los no que for preciso.
Será que podemos marcar uma pequena reunião na escola, assim aproveito para conhecer melhor o projeto e o acervo?
Tenho disponibilidade na segunda 01  ou terça dia 02   no período da manhã. Se for melhor para vocês em  outra data podemos conversar.
Neste dia também podemos combinar a possibilidade de uma data para  a visita mediada com sua  equipe afim de  conhecer o Acervo Histórico da Escola Caetano de Campos e as Exposições no Edifício da República.

Aguardo retorno

Att,

Maria Cristina Noguerol Catalan
Diretora do Centro de Memória e Acervo Histórico
CRE Mario Covas/EFAP
Secretaria da Educação do Estado de São Paulo



Abaixo breve registro da reunião:


Às 10 horas do dia 16 do mês de outubro de do ano de 2018, na E.E. Plínio Paulo Braga, reuniram-se os professores Antonia Silva Alves (Arte), Reginaldo Aparecido Pignatari (História), a coordenadora Elaine Neves, as alunas Melissa Silva Batista (7 ano) e Julia Adeilda Silva Santos (9 ano), a PCNP de Língua Portuguesa Daniela de Fátima Santos, Maria Cristina Noguerol diretora do Centro de Memória e Acervo Histórico, Diógenes Laward (pesquisador e participante da equipe técnica do CEMAH, os ex-alunos e integrantes da comunidade Margarete de Oliveira, José Luiz Alexandroni e Jurandir de Araújo Cordeiro. Todos com o objetivo de dar prosseguimento ao projeto Memorial da E. E. Plínio Paulo Braga.

A professora Daniela Santos iniciou a reunião apresentando a motivação da criação do memorial, apontou as parcerias com a aluna Julia Adeilda, com a escola e com as instituições fora da escola no período das férias escolares. Posteriormente a parceria com a equipe escolar e comunidade. Reforçou a articulação do projeto com as atividade pedagógicas, trabalho com gêneros do tipo memórias literárias.

Maria Cristina Nogueiral, diretora do Centro de Memória e Acervo Histórico, tomou a palavra, elucidou as atribuições de seu Programa assim como as formas de contribuições desta colaboração com a escola. Em sua fala, destacou o oferecimento do suporte técnico, teórico e prático na formação dos componentes da equipe a ser montada para a realização das ações. Tendo formações presenciais ou à distância. Abordou os projetos exitosos desenvolvidos pelo Centro de Memória como por exemplo o “Patrono das Escolas”, cujo resultado foi um banco de dados disponível para consulta em todo território estadual. Ademais, evidenciou a necessidade de incentivar o protagonismo juvenil, reafirmando a atuação do Grêmio nas atividades. 

A coordenadora Elaine Neves pediu a voz para ressaltar a dificuldade de a escola ter acesso aos arquivos de outras instituições para preenchimento da informação sobre a data de nascimento e falecimento do patrono da escola. A diretora e o pesquisador do Centro de Memória ofereceram sugestões da obtenção dessas informações.

O ex-aluno Jurandir relatou os eventos e fatos ocorridos na sua época de escola. Fortaleceu a importância da valorização e preservação do prédio bem como outras contribuições necessárias para a manutenção da memória da escola.

Os ex-alunos Margarete de Oliveira e José Alexandre falaram dos Encontros dos Ex-alunos e Serventuários que acontecem desde o ano passado, abrindo convite aos presentes na reunião. Maria Cristina Noguerol, diretora do Centro de Memória e Acervo Histórico, aproveitou o ensejo para convidar a todos da reunião a participarem do Encontro dos Ex-alunos Caetanistas que ocorrerá no dia 31 de outubro.

As alunas Melissa e Julia foram instigadas pelo Diógenes Laward, pesquisador e participante da equipe técnica do CEMAH, a contribuírem com a discussão. Julia Adeilda pontuou a importância do projeto e que acha muito interessante a interação dos ex-alunos com os atuais. Melissa Silva também destaca essa experiência de interação com os mais velhos e aponta interesse na descoberta de fatos e acontecimentos de outros períodos.

O professor Reginaldo colaborou destacando a relevância de preservação da história, pois ela deve ser vista como memória viva.

Os participantes interagiram entre si, apontando para a equipe do Centro de Memória o resgate de fatos ocorridos em suas épocas, detalhando suas vivências no ambiente escolar, em que coletivamente reforçaram o mérito dar prosseguimento ao projeto do memorial da escola e articulação deste com as propostas pedagógicas da unidade de ensino.

A professora Daniela intensificou a necessidade de continuidade do projeto e expansão dele para as outras escolas da Diretoria Guarulhos Norte.

A professora Antonia Silva destacou seu trabalho com os alunos sobre a arquitetura predial e seu projeto de elaboração do material curricular de Arte dos Anos Iniciais promovido pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo.

Maria Cristina Noguerol Catalan retoma a pauta inicial da discussão encaminhando a proposta da escola promover parcerias com as universidades a fim de atrair pesquisadores de forma a ampliar o acervo documental bem como outras formas de cooperação. Solicitou à coordenadora o envio do e-mail contendo o nome dos integrantes da equipe do projeto para futuro agendamento à visitação mediada no Centro de Memória e Acervo Histórico em São Paulo.

Nada mais havendo a ser tratado, a senhora Maria Cristina Noguerol Catalan, às 11 horas e 50 minutos, deu por encerrada a reunião.

domingo, 14 de outubro de 2018

Aos mestres com carinho

FELIZ DIA DOS PROFESSORES!

Por Julia Adeilda, 9º E

DIA 15 DE OUTUBRO DE 1947 FOI A DATA A QUAL HOUVE A PRIMEIRA CONFRATERNIZAÇÃO EM HOMENAGEM AOS PROFESSORES, LOGO, EM POUCO TEMPO, ESSA DATA TORNOU-SE OFICIAL E HOJE É O DIA QUE REAFIRMAMOS A IMPORTÂNCIA DE CADA UM DOS PROFESSORES QUE SE DEDICAM TODOS OS DIAS A ENSINAR SEUS ALUNOS.
NOSSOS PROFESSORES SÃO OS RESPONSÁVEIS PELA NOSSA FORMAÇÃO, ENCHEM NOSSAS CABEÇAS COM CONHECIMENTO, TIRAM AS DÚVIDAS QUE TEMOS, SEMPRE MUITO ATENCIOSOS.
NESSE DIA DOS PROFESSORES NÓS, DO JORNAL ÁGORA, GOSTARÍAMOS DE AGRADECER A  TODOS OS EDUCADORES DESSA INSTITUIÇÃO, POIS SER PROFESSOR NÃO É ALGO FÁCIL E TODOS SABEMOS DOS SEUS ESFORÇOS.

NOSSOS SINCEROS AGRADECIMENTOS AOS MESTRES:

ANA CRISTINA - PORTUGUÊS
IRENE - INGLÊS / PORTUGUÊS
MARIA GLORIA -INGLÊS / PORTUGUÊS
MARIA AUXILIADORA - PORTUGUÊS
KLEUSA - PORTUGUÊS
LUCIA - PORTUGUÊS
DANIELA - PORTUGUÊS
ANTÔNIA - ARTES
MARCIO - ARTES
SILVIO - EDUCAÇÃO FÍSICA
MARCOS TADEU - EDUCAÇÃO FÍSICA
VERA LÚCIA - EDUCAÇÃO FÍSICA
CIDA - HISTÓRIA
REGINALDO - HISTÓRIA
AILTON SOARES - HISTÓRIA
MARIA MUNHOZ - GEOGRAFIA
ADRIANA - GEOGRAFIA
ANTONIO - GEOGRAFIA
HUMBERTO - MATEMÁTICA
ELAINE - MATEMÁTICA
MARINA - MATEMÁTICA
VERA - MATEMÁTICA
AILTON ROSA - CIÊNCIAS
PAULA - CIÊNCIAS
FATIMA CRISTINA - CIÊNCIAS
ONEIDE - CIÊNCIAS
JOSÉ LUIZ - CIÊNCIAS
IVANILDO - INGLÊS
GRACIANE - INGLÊS
TARCISIO - CIÊNCIAS
JURDETE - GEOGRAFIA
ELAINE - COORDENADORA
MARIA - MEDIADORA
RAQUEL - SALA DE LEITURA
CONCEIÇÃO - DIRETORA
PEDRO - SALA DO ACESSA

  
 A TODOS OS PROFESSORES DA ESCOLA PLÍNIO PAULO BRAGA UM FELIZ DIA DOS PROFESSORES!



domingo, 30 de setembro de 2018

Primeiro mimeógrafo da escola

Professora Linda Maluli relata à Rosa Chimoni em sua obra Transversais Versões, vol. 2, a passagem pelo Plínio na década de 1960.  É com muita satisfação que acrescentamos o trecho desta valiosa história, para juntos, rememorarmos essa época tão especial.


"Em 13 de julho de 1962 ingressei no Magistério Público do Estado de São Paulo por pontos.  Principalmente pelos obtidos na alfabetização de adultos. Minha primeira escola nesta fase efetiva foi o Grupo Escolar Plínio Paulo Braga no Taboão que era considerado zona rural. Hoje ali é bairro bastante desenvolvido e populoso. O antigo grupo escolar é a E. E. Plínio Paulo Braga.
Na época a Avenida Otávio Braga de Mesquita que conduzia ao Taboão não tinha asfalto.  Quando chovia descíamos do ônibus e percorríamos a pé a ladeira de 2 km. O ônibus não podia descer... Eu amava a escola e os alunos. Exerci a profissão plenamente.  Tive um aluno convulsivo e quando começava a crise eu o levava para fora da classe. Ele ficava deitado no chão e eu lhe segurava as pernas com as minhas. Muitas vezes vinha outra professora que segurava seu rosto para que não se machucasse. O restante da classe continuava as lições normalmente. Naquele tempo era assim: respeito.
O computador e a impressora nessa época eram o mimeógrafo e não tínhamos na escola. O mimeógrafo era um aparelho pesado e retangular que possuía 2 rolos de feltro e uma almofada que deveria ser embebida no álcool. A matriz era colocada num dos rolos com o texto ou desenho preso ao contrário. No outro rolo o papel sulfite se encaixava. Entre eles se girava a manivela e o texto ou desenho saía impresso do outro lado no sulfite em preto e branco. Na verdade azul ou roxo dependendo do estêncil usado. Era um trabalhão mas era o máximo de tecnologia existente.
Conversei com o diretor professor José Carlos. Pedi para fazermos o dia da pipoca e assim arrecadaríamos dinheiro para comprar um mimeógrafo. Ele achava que não daria certo.
O bairro era muito pobre e as crianças não teriam dinheiro. Depois de muita insistência consegui autorização. Divulguei e fiz propaganda. Falava a toda hora do dia da pipoca. Mesmo aquela região sendo muito carente vendemos pipoca o dia inteiro. No final do dia conseguimos a quantia necessária para a compra desejada. O primeiro mimeógrafo do Plínio Paulo Braga."

Na foto: Professores (as) Edson, Margarida, Darci,  Ditinha, Joana, Linda Maluli e o diretor Jose Carlos.
Transversais Versões 2, página 118.

Biografia da docente Linda Maluli

    Filha de libaneses imigrantes, nascida dia 17 de agosto de 1940, na cidade de Tupã, interior de São Paulo. Iniciou os estudos na cidade Flórida Paulista, frequentando a Escola Estadual Flórida Paulista. Em 15 de novembro de 1950, a família se muda para Guarulhos, bairro na época precário.  Retornou os estudos na cidade, no grupo escolar de Gopouva que só possuía a terceira série, transferindo-se depois para o Capistrano de Abreu.
    Depois, através de um exame de admissão, estuda no Ginásio Estadual de Guarulhos que funcionava à noite no mesmo prédio do Capistrano. Na época, só existia esse ginásio e não existia diurno. Concluindo a quarta série colegial, e como não tinha escola que desse continuidade, estudou no Instituto Feminino de Educação Padre de Anchieta no Pari, São Paulo em 1957. Nesse mesmo ano começa a ministrar aulas no curso de alfabetização de adultos, fazendo parte do quadro voluntário do Grupo Escolar de Gopouva, onde já estudava.
    Se forma em 1959 como professora. Antes de efetivar, ministrou aulas na Escola Mista do Jardim Santa Bárbara e era professora-aluna em 1956. Escola Mista do Lar Santo Antônio hoje Colégio Virgo Potens em 1961 e no ano seguinte na Escola Mista Santa Catarina até julho.
   Em 1962 se efetiva no Grupo Escolar Plínio Paulo Braga, removendo-se no ano de 1969 para o Grupo Escolar Capistrano de Abreu. Em 1971 é designada a assumir um cargo para responder pela direção do 3º Ginásio Estadual de Guarulhos que funcionava à noite no mesmo prédio do Grupo Escolar da Vila Flórida.
  Efetivou de 1963 a 1965 no Sesi, exonerando em seguida para cursar Pedagogia em São José dos Campos.
  Por volta de 1971 ou 1972, muda-se para a EEPG de Gopouva. Após uma nova reforma educacional tornou-se simplesmente E. E.  Annita Saraceni. Hoje está extinta e em seu prédio funciona a Diretoria de Ensino Estadual Guarulhos Sul. Nesta Unidade Escolar, a professora Linda Maluli se aposentou do Estado em 1987.
   Também ministrou aulas na prefeitura de São Paulo mas exonerou quando passou em um concurso de docente em 1980 para o Estado.
   O método de ensino da professora tinha um pouco do pensamento de Aristóteles, com a pedagogia peripatética, pois ela relacionava as áreas de conhecimento um humano com os elementos da natureza, não tinha quadra e as brincadeiras antigas, como pular corda, amarelinha, eram inclusas. Não tinham professores de arte e a docente ficava nessa tarefa de ministrar essas aulas. Eram tempos simples, mas gloriosos, tempos de nostalgia pura. Os dias de hoje foram construídos por muitos homens e mulheres. E a docente Linda Maluli faz parte dessa história, não apenas pela sua dedicação a educação, mas para a história da escola Plínio Paulo Braga.

Reginaldo Ap. Pignatari





Disponível em:  https://www.guarulhos.sp.gov.br/sites/default/files/transversais_versoes_2.pdf, p. 123-124.

terça-feira, 25 de setembro de 2018

E. E. Prof. Plínio Paulo Braga: anseios e arquitetura

Grupo Escolar do Bairro do Taboão fora fundado em meados da década de 1950, época em que o país tinha como pauta uma das discussões mais importantes no âmbito educacional. A Constituição de 1946 previa que a União legislaria sobre as diretrizes e bases da educação nacional. Por esta razão, fazia-se necessária a mudança no sistema de ensino. O Governo Federal prevendo essa necessidade organizou uma comissão notáveis a fim de que, após estudos e apontamentos,  apresentasse em conjunto uma reforma geral da educação cujo objetivo era encontrar a solução adequada àquela situação em que o país se encontrava. O produto desse debate gerou um projeto de lei o qual fora apresentado à Câmara Federal em 1948, sendo objeto de disputa política por dois grupos ideológicos divergentes. Após longos embates políticos, o projeto resultou na Lei da Diretrizes e Bases (Lei 4.024) promulgada em dezembro de 1961.

É neste cenário que a escola é fundada, os princípios da educação enfim visavam abranger os interesses da classe operária. A escola aberta para a atender a demanda de uma população em crescimento acelerado, rompendo a barreira da educação restritiva. Em Guarulhos, a população crescia a passos largos devido ao processo de industrialização e da expansão do comércio, fatores preponderantes para o salto socioeconômico da cidade. Em 1920 o município apresentava índice de 5.961 moradores, número freneticamente ampliado na década de 50 que passa a ter 34.683, chegando a 100.760 nos anos 60. Números cada vez maiores no decorrer dos tempos, hoje a população guarulhense está na casa de 1.221.979, de acordo com o censo do IBGE.

Pode-se imaginar que a educação em 1920 no município era deficitária uma vez que até o ano de 1918 o distrito possuía apenas 2 no centro da cidade, Escola Mista do Bom Sucesso, Mista da Ponte Grande, Mista da Baquirivu, noturna Mista da Vila Galvão e a Mista da Vila Augusta. Eram 7 escolas para atender a demanda de quase 5 mil guarulhenses. Todavia, quatro décadas depois, passara a ser de caráter emergencial, afinal a população crescera de maneira exponencial. Neste ínterim, são inauguradas aproximadamente mais 26 escolas, no entanto, algumas delas deixaram de funcionar, sendo alocadas para outros centros, tal qual a primeira escola do bairro do Taboão, Escola Municipal Mista do Taboão. As escolas tinham características diversas, a Mista do Taboão contava apenas com a lotação de 1 professor, assim como a Escola Mista Municipal do Gopoúva. O ensino primário oferecido nestes períodos funcionava durante dois turnos: dia e noite. A  7ª Escola Mista (masculina e feminina), com sede no bairro Fortaleza, fora a 1ª Escola Masculina Rural pela Lei n° 61 de 01-09-1949. É relevante abordar que no início dos anos 40, o município contava com apenas 22 professores.

Em novembro de 1956 o Grupo Escolar do Bairro do Taboão é inaugurado. A linguagem arquitetônica conferia ao prédio muita simplicidade. Sua estrutura física assemelhava-se à uma casa, com muros baixos, limitada de apenas duas salas de aula - atualmente funcionam a secretaria e sala dos professores, construída de alvenaria com acabamento rústico, não possuía alas, tampouco ambientes para atividades complementares como anfiteatro e laboratório de ciências e inexistia quadra esportiva. Era, sem dúvida, destoante daqueles edifícios monumentais dos primeiros Grupos Escolares da sociedade letrada do final do século XIX dos centros urbanos cujos padrões estéticos sobressaiam "de fachada grandiosa, hall de entrada primoroso, escadarias, duas alas, uma para meninos, outra para meninas, eixo simétrico, pátio interno, acabamento com materiais nobres, portas com bandeiras, janelas verticais grandes e pesadas (...)", como descrevem Ester Buffa e Gelson Almeida Pinto  em Arquitetura e Educação: Organização do  Espaço e Propostas Pedagógicas Dos Grupos Escolares Paulistas, 1893/1971, p. 18. 


Escola na época de sua fundação

A escola, de forma paliativa, para atender a demanda nos anos subsequentes a sua fundação que fora até a década de 70, utilizava espaços externos como extensão. Um deles é a Escola Mista do Bairro do Taboão, escola desativada no início dos anos 50. Neste local, era montada classes adicionais.


Não esquecendo da quadra que até meados de 70 não existia, os alunos tinham de praticar atividades físicas fora da escola. Iam inicialmente num terreno baldio na lateral direita da escola do outro lado da rua - onde hoje é o estacionamento de um mercado. "Isso mesmo na área do estacionamento do mercado, era um limpão de terra vermelha que ficava bem de frente com a cerâmica que existia bem no prédio do mercado.", relata o ex-aluno Jurandir.


Além deste espaço, o diretor alugou uma quadra nas cercanias da escola. Dona Josefa Adão, 82 anos, proprietária do terreno na época, em entrevista recente, diz que que certo dia uma mulher fora à sua casa solicitando que ela alugasse a quadra para a prática esportiva dos alunos da escola. Ela não se lembra ao certo quem era a pessoa nem o cargo que ela exercia na escola. Disse que o contrato entre as partes para uso do espaço foi de boca, nunca formalizaram o aluguel da quadra. O valor cobrado era uma bagatela de 2 ou 3 Cruzeiros, estando mais para um valor simbólico do que um negócio lucrativo. Tanto é que o uso do espaço não passou de 1 ano. Ela não era na época moradora do bairro, trabalhava e residia em São Paulo, no Brás, não teve contato com os alunos que usavam a quadra naquele tempo. Ademais, Terezinha do Prado, sobrinha da Dona Josefa, fora quem indicou o espaço para a professora de educação física Diva (japonesa). Esta quem procurou dona Josefa para o aluguel da quadra. A quadra era de cimento, diferente do "limpão" ao lado da escola no qual os alunos com os uniformes brancos saiam depois da aula todos sujos de barro. Terezinha relembra os nomes dos colegas de classe que utilizaram o espaço de sua tia que inclusive ela, o Jurandir, o professor José Carlos e outros. 


Atividade física no terreno baldio.



Atrás do casal a quadra que a escola alugava. 

(Imagem do arquivo pessoal da Terezinha do Prado)



O ideário da Escola Nova, presente nos anos 50 e 60, pressupunha uma edificação escolar voltada a contemplação dos anseios das propostas pedagógicas dessa era em que prezava-se não somente a alfabetização, mas também que a criança fosse formada em seus hábitos e atitudes, cultivando aspirações e preparando-as para uma civilização técnica e industrial em constante transformação. A escola, sofrendo essa influência de preceitos pedagógicos de escola para todos e formação cidadã, do mesmo modo carrega consigo de fato a arquitetura moderna dentro dos moldes escolanovistas, em que a simplicidade se sobrepõe ao ornamentalismo, ambiente econômico e útil oposta à escola-monumento elitizada. A discordância destas ideias da Escola Nova e da atuação do Convênio na construção das escolas dessas duas décadas é que para constituir este ambiente escolar, os projetistas criaram uma escola demasiadamente minimalista, nessa construção apenas 2 salas de aula foram feitas, a integração das crianças era numa vegetação de cerrado sem jardim, nada amigável aos estudantes que por vezes também praticavam atividade física em terreno de terra batida.

Por fim, o antigo Grupo Escolar do Bairro do Taboão, atual E. E. Professor Plínio Braga, trouxe à cidade de Guarulhos desde sua formação a contribuição de escolarizar milhares de alunos meio a tantos outros projetos de ensino discutidos e vigorados durante seu percurso até o momento. Está, desde o começo, tentando tornar a escola ambiente acessível a toda população local que nela buscou evoluir através dos tempos. Com prédio ampliado: novas alas com mais salas de aula, sala de leitura, laboratório de informática, sala de vídeo, quadra coberta; recursos como merenda gratuita, material de aprendizagem gratuito e tantos outros benefícios são destaques deste tempo. Contemporaneamente, a escola almeja que o espaço seja propício à formação integral dos estudantes e que, realmente, o alunado encontre na escola acesso e permanência para seu desenvolvimento pessoal, profissional e cidadão.



Série "Tecendo os Fios da História: Narrativas Orais".
Memorial Professor Plínio Paulo Braga
Entrevistada: Terezinha do Prado
Data: 29/09/18
Sobre a E. E. Professor Plínio Paulo Braga
Assunto especifico: Arrecadação para o pagamento da quadra alugada na década de 1970 para atividades de educação física.



Série "Tecendo os Fios da História: Narrativas Orais".
Memorial Professor Plínio Paulo Braga
Entrevistada: Terezinha do Prado
Data: 29/09/18
Sobre a E. E. Professor Plínio Paulo Braga
Assunto especifico: sala externa à escola, local próximo ao Corpo de Bombeiros.


Referência bibliográfica:

THEODORO, Janice.  A construção da cidadania e da escola nas décadas de 1950 e 1960. Disponível em: < http://historia.fflch.usp.br/sites/historia.fflch.usp.br/files/texto_escolas_paulistas.pdf>. Acesso em 24 set 2018.

RANALI, João. Cronologia Guarulhense, 1º Volume.

Secretaria da Educação Municipal. Conferência Municipal de Educação. Construindo o Plano Municipal de Educação: Guarulhos 2012 - 2022. Disponível em: <https://www.guarulhos.sp.gov.br/sites/default/files/documento-base_hotsite2.pdf>. Acesso em 24 set de 2018.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.  Índice populacional de Guarulhos. Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/guarulhos/panorama.> Acesso em 24 set 2018.






sábado, 22 de setembro de 2018

Viagem no tempo

     


    Para relembrar os velhos e bons tempos, nossa escola recebeu a ilustre presença dos ex-alunos do Plínio Jurandir de Araújo, Luís Oliveira e Denise Oliveira. Os encontros ocorreram nas aulas da professora Daniela de Língua Portuguesa com a colaboração da professora Raquel da Sala de Leitura e do professor Tarcísio de Ciências.  Os alunos tiveram a oportunidade de vivenciar a partir dos relatos deles as experiências dos nossos estimados visitantes. Foi um momento indescritível o que tivemos: presente e passado trocando “figurinhas”, dialogando-se, uma fusão muito proveitosa para ambas gerações.

   Os notáveis entrevistados tiveram passagem na escola na década de 70, num tempo deveras distinto do nosso. Não somente a cronologia mudou... a sociedade, os costumes, os valores morais, os estilos de época e tantos mais ficaram no passado, dando abertura para novos saberes e perspectivas. 

    O encontro das gerações gerou algumas produções textuais, os textos são as memórias dos nossos entrevistados, contadas dentro da ótica dos alunos, ou seja,  em 1ª pessoa. Nossos estudantes tomam a liberdade de acolher a história para si, remontando-a dentro de sua impressão pessoal. Claro, com aquela pitada de “quem conta um conto, aumenta um ponto” ou nessa história é permitido “florear” o texto. 

   A realização da tarefa aqui apresentada demandou dos alunos contato durante 1 mês (agosto de 2018) com os textos dos finalistas das Olimpíadas de Língua Portuguesa - Escrevendo o Futuro. Ouviram e analisaram várias histórias de outros estudantes para construírem suas memórias literárias.

   O objetivo da atividade era proporcionar o contato dos atuais alunos com os ex-alunos de gerações passadas, consequentemente, fazendo com que os novatos refletissem sobre a importância de cultivar as lembranças dos adultos, de valorizar a escola como ambiente central de sua trajetória de vida, de proporcionar o sentimento de pertencimento no ambiente escolar e de incentivá-los a buscar outras histórias para compreenderem o tempo presente. 

   Foram selecionados alguns textos para ilustrar essa atividade. Esperamos que possam desfrutar dessa nossa viagem no tempo.

Uma marca do passado

   Paro com o pega-pega e digo aos meus amigos "tchau", enquanto ando pela rua, rodeio cada árvore que vejo passar à frente. Ao chegar defronte a minha casa, bato três vezes na porta. Se não fossem pelos últimos brilhos radiantes do pôr-do-sol num céu limpo, eu conseguiria ver a luz vazar do lado de dentro da madeira e uma sombra escura cobrindo ela, era minha querida e amada mãe, Ana de Araújo, a melhor mãe do mundo. Quando entro, ela já tinha feito o arroz, feijão, carne cozida e algumas verdurinhas por cima, eu como e vou para minha cama dormir.

   Acordo cedo, coloco o uniforme, pego a lancheira que minha mãe já tinha preparado e vou para a  E.E. Prof° Plínio Paulo Braga.  A escola Plínio é boa para mim, eu sou um dos melhores, aprendo muito rápido, não me culpo por isso. Antes entrávamos pelo portão que ficava atrás da cantina, e íamos para a sala. Nesse tempo o monitor, atualmente inspetor dos alunos, pegava nossas  carteirinhas para carimbar a presença. Nelas também os professores colocavam nossas faltas. As horas passavam em minutos de vida, e, de repente, a sala é liberada para a saída, chego em casa e dou um forte abraço na minha mãe.

   Agora, nós seres humanos deveríamos saber e compreender que todos morrem uma hora ou outra. E disso tudo, aceitar.  

   Ao passar do tempo, eu cresci; envelheci; aprendi e também decidi que o que era ontem agora não é mais. Guardo uma marca no coração, na verdade, uma lembrança, minha amada mãe, que infelizmente, hoje está falecida. Lembro-me do gosto de sua comida. Hummmmmm! Ótimo sabor! lembro-me de todos os dias que acordava e via-a ali me esperando. 

   Quero agora deixar um recado para vocês crianças. "Amem mais, abracem mais, beijem mais suas mães, valorizem-nas, porque um dia elas podem não estar mais aqui"

   E o verde... o verde das árvores e das plantas que tinham naquele tempo que hoje não tem mais. Aliás estou certo de que me lembro de tudo, de tudo mesmo. E, é isso que deixa uma marca do passado, minha marca.


Entrevistado: Jurandir Araújo Cordeiro, 54 anos, ex-aluno de 1972 a 1979.
Autoria: Ygor Pabllo Santos Andrade Galvão, 7º B



Em minha época

  Há quanto tempo não venho aqui, que grande mudança! Em minha época essa era uma sala de aula, hoje sala de leitura. Para termos acesso aos livros só indo até o centro de Guarulhos com o destino à biblioteca, marcávamos com a galera e pegávamos o ônibus. 

   E o que aconteceu com o primário, ginásio e o colegial? Os uniformes também mudaram muito, antigamente era um grande avental branco com o símbolo da escola para os meninos, que no final do ano, normalmente o pessoal pedia para os colegas autografá-los, com o avental nos parecíamos com professores, imagine só! As meninas usavam saia plissada azul marinho ou preta, camisa branca, meião e sapatinho. As carteiras também modificaram bastante, no pretérito, eram feitas para caber duas pessoas, todas de madeira. 

  Recordei-me agora pouco de como tínhamos festas, teatro... Falando em teatro, como eu amo teatro! 

   No meu tempo de menina, as regras eram mais rígidas e tínhamos compromissos e estes deveriam ser cumpridos, como cantar o hino nacional em certos dias, por exemplo. Nós não possuíamos essas tecnologias que os jovens têm hoje: celular, notebook, tablet, computador... Brincávamos de tudo! Amarelinha, pega-pega, esconde-esconde...Que tempo bom aquele! Nossa Educação Física era separada entre meninas e meninos, éramos proibidas de jogar futebol, então era jogado voleibol. Os professores também eram separados para as meninas e para os meninos, uma mulher para as meninas e outro um homem para os meninos. Antes que eu me esqueça, as atividades físicas eram realizadas num quintal da casa de uma moradora num local próximo à escola ou no terreno de terra onde hoje é o estacionamento do Habib's, isso aconteceu até construírem a quadra. 

   Como tudo não são flores, sofri muito bullying, meu cabelo ia até a cintura, e eu era muito tímida. Por uns problemas, tive que raspá-lo. Eu usava um pano para cobrir minha cabeça, e os meninos puxavam-o para caçoar de mim, começavam a me chamar de tudo que apelido, isso me deu um trauma de Guarulhos muito forte, que me dava receio de vir até aqui, mas agora que retorno, nossa como está movimentado! A cantina mudou de local, foram construídas mais salas, e onde está a carteirinha?! Já ia até me esquecer, tínhamos uma carteirinha para confirmar presença, lá também ficavam nossas notas, e no final dela, um local como se fosse um e-mail, para enviar mensagens entre nós. Ah! Temos uma quadra coberta. Que novidade! Bem, do mesmo jeito, aqueles tempos não irão retornar.

Entrevistada: Denise Maria de Oliveira, 54 anos, ex-aluna nos anos de 1970 a 1978.

Autoria: Gustavo Busch Viana, 7º B


Obs.: outros textos serão inseridos, ainda encontram-se em processo de reescrita.


quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Francisco da Silva Franco nosso primeiro diretor

         
Francisco da Silva Franco na E. E. Plínio Paulo Braga


    O antigo Grupo Escolar do Bairro do Taboão, atualmente E. E. Professor Plínio Paulo Braga, entra em funcionamento em 1957 sob a liderança do Sr. Francisco da Silva Franco,  onde administrou até inícios dos anos 60. Nesta época, o professor Francisco adquirira um terreno no Parque Novo Mundo em São Paulo, no qual construíra sua casa, por esta razão, provavelmente, o fez deixar a escola. Sua filha Celina S. Franco relata que quando saiu, o mestre Francisco recebera tantos presentes da comunidade escolar que tivera de levá-los em um caminhãozinho, dentre seus presentes havia ovos que os alunos lhe deram. A comunidade da escola era muito carente, grande parte dos alunos iam à escola descalços. A fragilidade econômica era produto de um ambiente ainda rústico, rural. que prometia ser transformado com a educação daqueles jovens. Todo esse afeto fora reflexo de sua dedicação com a escola, sempre atuante e humanitário. Além de se destacar pela cordialidade com que tratava os alunos e os professores da unidade de ensino. Mesmo distante, seu laço com os parceiros da escola o Sr. José Carlos da Cunha Rocha e a Dona Maria do Carmo Silva da Cunha Rocha permaneceu vigoroso.



Primeiro diretor do Plínio Sr. Francisco da Silva Franco,  Professor Luiz Marques, Neide Cassiano, Brandina, Ditinha, (?)  e Zilda. (Entre a década de 50 a 60)

Registro de sua atuação na escola

    Ressalta-se que as filhas do Sr. Francisco também estudaram no Plínio neste período. Na imagem abaixo uma de suas filhas está entre os alunos da escola, ela está na primeira fileira, é a quarta da direita para a esquerda, a única menina com sapatinho e meias brancas.

Professora Dona Neide com seus alunos nos fundos da escola. 
Filhas do Sr. Francisco na escola Leda e Marilza.

       Dotado de muita simplicidade, o primeiro diretor do Plínio foi um homem erudito e dedicado. O ilustre ex-diretor teve uma carreira extensa na área educacional, fora diretor Grupo Escolar do Bairro do Taboão, atualmente E. E. Professor Plínio Paulo Braga, passando pelo Grupo Escolar em São Paulo, Grupo Escolar em Jundiaí, Grupo Escolar de Cillos em Santa Bárbara D' Oeste (já extinta), E. E. Profa. Maria José Margato Brocatto, ainda na mesma cidade, encerra sua jornada na década de 80 nesta última escola.


     Além de notável liderança no magistério, o Sr. Francisco brilhava intensamente no campo musical. Os familiares forneceram fotografias do acervo pessoal e diversos recortes de jornais que davam destaque à sua maestria artística. Neles, há honrarias as quais nos orgulhamos por tamanha contribuição que nosso primeiro grande mestre concedeu à sociedade.


Sr. Francisco recebendo do prefeito Erich Hetzl o título de cidadão americanense em 2004

       Francisco da Silva Franco era natural de Guareí, no interior do Estado de São Paulo, tendo nascido em 16 de novembro de 1922, veio a falecer em 02 de agosto de 2013. Filho de Joaquim Corrêa Franco e Isaura Pinheiro e Silva o Sr. Francisco; casado com Mercedes Zoppi Franco deixou filhos 6 filhos: Celina da Silva Franco, Marilza Franco Canineo, Leda Franco Zanette, Odila Franco, Roberto Franco e Ricardo Franco e 10 netos: Alexandre, Mauricio, Gustavo, Stefanyna, Florence, Pâmela, Marcelo, Neila, João Guilherme e Ana Júlia. Além de 7 bisnetos: Thais, Pedro Maria Paula e Clara (nascidos antes de seu falecimento) e outros vindos após sua partida. 


Registro da comemoração dos 80 anos do Sr. Francisco com sua família em 2002.

        Vale aqui lembrar de uma passagem da qual a nós merece total destaque, uma vez que enobrece ainda mais a biografia do nosso estimado diretor. Sr. Francisco cumpriu sua missão neste plano com alto grau de elevação humanitária. Durante seu percurso de vida suas virtudes foram constantemente lapidadas, atingindo a última etapa da vida com a mais honrada atuação conforme relata sua filha Marilza. Em 1977, sua filha Marilza Franco teve um filho que após alguns anos recebeu o diagnóstico de autismo, seu avô, já então aposentado, mesmo tendo uma vida ativa como músico indo a ensaios, a apresentações da banda e ministrando aulas reservava atenção especial e constante ao seu neto Marcelo. Essa relação afetuosa foi de fundamental importância à vida de seu neto. Hoje, ao relembrar dos momentos preciosos de seu pai com seu filho, Marilza se emociona com muitas saudades e com seu profundo agradecimento.

Marcelo, Sr. Francisco e sua bisnetaThais.

      Nosso grande mestre partiu exatamente há 5 anos, coincidentemente na mesma data desta publicação, deixando-nos muitas lembranças a serem rememoradas. Que ele receba eterna gratidão de toda comunidade escolar.
      

quarta-feira, 25 de julho de 2018

À Sônia Carbajo toda nossa gratidão

Professora Sônia Carbajo de Oliveira Faria (21/02/1953 - 21/07/2018)

     Falece nesse sábado aos 65 anos, dia 21 de julho, a ex-professora de Educação Artística do Plínio. Ela trabalhou na escola no final da década de 70 a inícios de 80. Deixa a todos que foram honrados a conviver em sua presença muitas saudades. 
     Sônia Carbajo era docente na E. E. Profa. Alice Chuery entre o ano de 1976 a 1998, passando também pela E. E. Dona Brasília Castanho de Oliveira em 2006. Fez carreira em Guarulhos e em outros municípios de São Paulo.
     A missa de sétimo dia está marcada para o sábado, 28, às 19h30 na Igreja da Vila Maria. Rua da Gloria, 95 - Vila Maria , Bragança Paulista.
       Em Guarulhos haverá a celebração da missa em sua memória a pedido de seu ex-aluno Zé Luiz Alexandroni, na Paróquia Santa Cruz do Taboão, dia 31/07 às 19:30 (Missa da esperança). Zé Alexandroni relata que este espaço foi palco de diversas colações de grau: "Acho o local ideal  por ter sido cenário de várias colações de grau (inclusive a minha) organizadas pela amada Professora."

Arquivo pessoal de Zé Luiz Alexandroni . Foto da colação de grau da turma de 1982

Por Zé Luiz Alexandroni


"Dai-lhe Senhor o descanso eterno. 
E que a luz perpétua a ilumine.
 Descansem em paz.
 Amém."