sábado, 30 de junho de 2018

Relatos de professores




"No ano de 58 antes de me formar a diretora do Grupo Escolar de Gopoúva que hoje é a EE José Scaramelli Dona Stella Frugolli que tomava refeição em minha casa me levou para dar aulas em substituição no período da manhã. Eu ganhava um dinheirinho e à tarde estudava...
Ainda em 58 e 59 eu e Tancha dávamos aulas no Curso de Alfabetização de Adultos à noite no Grupo Escolar do Taboão que é hoje a EE Plínio Paulo Braga e pudemos amealhar muitos pontos para o ingresso. A luz era de lampião a querosene. Mais tarde Tera que alfabetizava adultos na Vila Flórida e lá já havia luz elétrica nos arranjou lampiões a gás. De qualquer forma nos amedrontávamos ao acendê-los. As aulas terminavam às 21 horas. Quando o ônibus que era único passava para o ponto final ali perto em lugar de matagal e para frente só olarias e desova de cadáveres onde hoje é a Praça Oito apagávamos os lampiões e fechávamos a escola. Acompanhadas dos alunos atravessávamos a rua e esperávamos o ônibus logo em frente. Você me pergunta se era jardineira? Não. Não era não. Ônibus mesmo. Jardineira houve na minha infância que nos levava até a Penha. " Relato da Professora Isaíra Testae Freitas.

“Na Senador Dantas dava aulas para alunos que percorriam até um raio de três km a pé. Ao deparar com vinte e sete alunos: nove principiantes, quatro repetentes de primeira série, oito de segunda série, quatro de terceira e dois de quarta percebi que o curso normal feito brilhantemente em escola conceituada não me havia habilitado para atender àquela realidade. Busquei caminhos. Me aproximei da realidade cultural e vocabular das crianças. Atendi uma a uma para superar a heterogeneidade. Cometi muitos erros. Fiz o que pude e soube naqueles seis meses. Houve remoção em julho de 69. De Aparecida tomei o ônibus Pássaro Marrom e vim a São Paulo para a escolha. No ônibus me encontrei com duas colegas de minha cidade: Dadá e Margarida Menezes que estavam bem informadas a respeito das escolas de Guarulhos. Interessantes pela proximidade da Dutra e propiciavam facilidades de se viajar todos os dias do Vale do Paraíba até aqui. Sob esta orientação em agosto deste mesmo ano cheguei a Guarulhos removida para o Grupo Escolar Plínio Paulo Braga hoje EE Plínio Paulo Braga que fica no final da Avenida Otávio Braga de Mesquita próximo à Praça Oito de Dezembro no Taboão. Para esta escola e outras que se situavam na mesma região vieram muitas professoras do Vale do Paraíba que viajavam todos os dias. Desciam na Dutra e tomavam outro ônibus para os bairros em frente à Melitta próximo à capela de Bom Jesus. Na volta desciam na Melitta outra vez e atravessavam a Dutra para pegar o ônibus de volta. Foi rotina da maioria dessas professoras que vieram do Vale. Eu também nos fins de semana me aventurava nesta arriscada travessia da Dutra que naquela época não tinha passarelas. (...)  Na ida do Conselheiro descíamos a Capitão Gabriel atingíamos a Dom Pedro e depois a Monteiro Lobato para alcançarmos a Otávio Braga que não era asfaltada. Enfrentávamos poeirão ou barro nesta que era a parte maior do trajeto e só se encontravam poucos ônibus que faziam as linhas até a Praça Oito e pouquíssimos carros. O final da Avenida Otávio Braga de Mesquita próximo a Praça Oito de Dezembro era o limite entre a periferia e a zona rural... No Plínio Paulo Braga convivi com ótimos companheiros: Adélia, Zenaide, Hélio, Jaime, Margarida, José Carlos, Maria do Carmo, Nadir, Ofélia, Rosa Chimoni etc. Quando terminávamos o período o motorista do ônibus que tinha este horário e depois demoraria para chegar outro vinha bem devagar da praça para que pudesse nos pegar. (...) Morei na João Gonçalves até 73. Tive contínuos afastamentos do Grupo Escolar Plínio Paulo Braga nesta década para lecionar como PIII. Antiga denominação de PEBII. Da João Gonçalves ia todas as noites para a Tranquilidade. Tomava o ônibus em frente ao Posto de Saúde do outro lado e ao voltar descia dele no mesmo lugar. O ônibus em cada viagem efetuava o contorno pelo centro. Praça Getúlio Vargas, Capitão Gabriel, Dom Pedro e João Gonçalves. Eu lecionava 40 horas semanais sendo 20 à tarde e 20 à noite. Relato da Professora Izabel Gonçalves Arpa Gimeno
                                                            ----------x----------

"Fui  professora  primário  e fui professora de Estudos a Sociais e fui Orientadora   de Educação  Moral e Cívicas , era encarrega de organizar os eventos na escola,  desde as exposições , os desfiles, as festas etc."


Herminia F. M. Martinez, 76 anos, ex-professora de 1968 a 1978.
----------x----------

"Trabalhei sete anos nessa maravilhosa escola, onde conheci alunos maravilhosos. Tive também os desafetos. Lecionei na EJA. Onde pude ensinar e aprender com turmas dedicadas. Tenho certeza que eles aprenderam se respeitar e se amar. A Direção e toda a administração eram pessoas competentes e amavam o que faziam. O corpo discente é o que mais sinto saudades. Conquistei grandes amigos."

Valdite Cerqueira Souza, ex-professora, de 2009 a 2015 (aposenta-se nesta data).

----------x----------



Os depoimentos foram colhidos a partir de um formulário virtual. caso tenha interesse em deixar registrado seu carinho pela escola, acesse o link https://goo.gl/forms/DPwXZiy6XV5MTVFg1. Depoimentos vagos, imprecisos, com uso de internetês e ofensivos não serão inseridos. As informações anteriores ao relato também devem ser completas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário