"No ano de 58 antes de me formar a diretora do Grupo
Escolar de Gopoúva que hoje é a EE José Scaramelli Dona Stella Frugolli que
tomava refeição em minha casa me levou para dar aulas em substituição no
período da manhã. Eu ganhava um dinheirinho e à tarde estudava...
Ainda em 58 e 59 eu e Tancha dávamos aulas no Curso de
Alfabetização de Adultos à noite no Grupo
Escolar do Taboão que é hoje a EE Plínio Paulo Braga e pudemos amealhar
muitos pontos para o ingresso. A luz era de lampião a querosene. Mais tarde
Tera que alfabetizava adultos na Vila Flórida e lá já havia luz elétrica nos
arranjou lampiões a gás. De qualquer forma nos amedrontávamos ao acendê-los. As
aulas terminavam às 21 horas. Quando o ônibus que era único passava para o
ponto final ali perto em lugar de matagal e para frente só olarias e desova de
cadáveres onde hoje é a Praça Oito apagávamos os lampiões e fechávamos a
escola. Acompanhadas dos alunos atravessávamos a rua e esperávamos o ônibus
logo em frente. Você me pergunta se era jardineira? Não. Não era não. Ônibus
mesmo. Jardineira houve na minha infância que nos levava até a Penha. "
Relato da Professora Isaíra Testae Freitas.
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“Na Senador Dantas dava aulas para alunos que percorriam até
um raio de três km a pé. Ao deparar com vinte e sete alunos: nove
principiantes, quatro repetentes de primeira série, oito de segunda série,
quatro de terceira e dois de quarta percebi que o curso normal feito
brilhantemente em escola conceituada não me havia habilitado para atender
àquela realidade. Busquei caminhos. Me aproximei da realidade cultural e
vocabular das crianças. Atendi uma a uma para superar a heterogeneidade. Cometi
muitos erros. Fiz o que pude e soube naqueles seis meses. Houve remoção em
julho de 69. De Aparecida tomei o ônibus Pássaro Marrom e vim a São Paulo para
a escolha. No ônibus me encontrei com duas colegas de minha cidade: Dadá e
Margarida Menezes que estavam bem informadas a respeito das escolas de
Guarulhos. Interessantes pela proximidade da Dutra e propiciavam facilidades de
se viajar todos os dias do Vale do Paraíba até aqui. Sob esta orientação em
agosto deste mesmo ano cheguei a Guarulhos removida para o Grupo Escolar Plínio Paulo Braga hoje EE Plínio Paulo Braga que
fica no final da Avenida Otávio Braga de Mesquita próximo à Praça Oito de
Dezembro no Taboão. Para esta escola e outras que se situavam na mesma região
vieram muitas professoras do Vale do Paraíba que viajavam todos os dias.
Desciam na Dutra e tomavam outro ônibus para os bairros em frente à Melitta
próximo à capela de Bom Jesus. Na volta desciam na Melitta outra vez e
atravessavam a Dutra para pegar o ônibus de volta. Foi rotina da maioria dessas
professoras que vieram do Vale. Eu também nos fins de semana me aventurava
nesta arriscada travessia da Dutra que naquela época não tinha passarelas.
(...) Na ida do Conselheiro descíamos a
Capitão Gabriel atingíamos a Dom Pedro e depois a Monteiro Lobato para
alcançarmos a Otávio Braga que não era asfaltada. Enfrentávamos poeirão ou
barro nesta que era a parte maior do trajeto e só se encontravam poucos ônibus
que faziam as linhas até a Praça Oito e pouquíssimos carros. O final da Avenida
Otávio Braga de Mesquita próximo a Praça Oito de Dezembro era o limite entre a
periferia e a zona rural... No Plínio
Paulo Braga convivi com ótimos companheiros: Adélia, Zenaide, Hélio, Jaime,
Margarida, José Carlos, Maria do Carmo, Nadir, Ofélia, Rosa Chimoni etc.
Quando terminávamos o período o motorista do ônibus que tinha este horário e
depois demoraria para chegar outro vinha bem devagar da praça para que pudesse
nos pegar. (...) Morei na João Gonçalves até 73. Tive contínuos afastamentos do Grupo Escolar Plínio Paulo Braga nesta
década para lecionar como PIII. Antiga denominação de PEBII. Da João
Gonçalves ia todas as noites para a Tranquilidade. Tomava o ônibus em frente ao
Posto de Saúde do outro lado e ao voltar descia dele no mesmo lugar. O ônibus
em cada viagem efetuava o contorno pelo centro. Praça Getúlio Vargas, Capitão
Gabriel, Dom Pedro e João Gonçalves. Eu lecionava 40 horas semanais sendo 20 à
tarde e 20 à noite. Relato da Professora Izabel Gonçalves Arpa Gimeno
(Pag. 101- 102-103 em http://www.guarulhos.sp.gov.br/sites/default/files/transversais-versoes.pdf)
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"Fui professora primário e fui professora de Estudos a Sociais e fui Orientadora de Educação Moral e Cívicas , era encarrega de organizar os eventos na escola, desde as exposições , os desfiles, as festas etc."
Herminia F. M. Martinez, 76 anos, ex-professora de 1968 a 1978.
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"Trabalhei sete anos nessa maravilhosa escola, onde conheci alunos maravilhosos. Tive também os desafetos. Lecionei na EJA. Onde pude ensinar e aprender com turmas dedicadas. Tenho certeza que eles aprenderam se respeitar e se amar. A Direção e toda a administração eram pessoas competentes e amavam o que faziam. O corpo discente é o que mais sinto saudades. Conquistei grandes amigos."
Valdite Cerqueira Souza, ex-professora, de 2009 a 2015 (aposenta-se nesta data).
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Os depoimentos foram colhidos a partir de um formulário virtual. caso tenha interesse em deixar registrado seu carinho pela escola, acesse o link https://goo.gl/forms/DPwXZiy6XV5MTVFg1. Depoimentos vagos, imprecisos, com uso de internetês e ofensivos não serão inseridos. As informações anteriores ao relato também devem ser completas.
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